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A nova geração quer mudanças na política do país

A facilidade de acesso às redes sociais pelos jovens, ajuda no encontro das informações, porém falta leitura de conjuntura para entender os cenários

A crise econômica é a mais profunda da história do país, segundo o cientista político Paulo Moura, 57. “No campo político, mobilizações de massas botaram 3 milhões nas ruas em 2015 e 6 milhões em 2016. A classe média foi às ruas com bandeiras liberais e conservadoras, mas, pesquisa recente do PT, feita pela Fundação Perseu Abramo (FPA), revela que a população da periferia de SP aderiu a valores liberais e hoje vê a questão central como a luta do indivíduo contra o jogo do Estado com seu principal problema”, completa. 

A pesquisa feita pela FPA entre novembro de 2016 e janeiro de 2017 com moradores de bairros periféricos e comunidades, mostrou que por terem uma rotina agitada, a leitura sobre política não é uma prioridade no dia a dia. Os assuntos que são debatidos são aqueles veiculados pela grande mídia, que ainda é a principal fonte da maioria, e não tem aprofundamento sobre conceitos políticos dificultando uma melhor argumentação. 

Na visão política, várias mobilizações levaram pessoas às ruas, principalmente a classe média com reivindicações conservadoras. Outra mudança significativa foi a periferia ter aderido à propostas liberais, isso impactou na escolha do atual prefeito da cidade de São Paulo, João Dória Júnior. Para Moura, haverá “a maior faxina política da história em 2018”. Ele acredita que as redes sociais facilitaram essas ideias, pois conservadores e liberais se descobriram como maioria silenciosa. “Perderam o medo e saíram do armário”, completa.

A política sobre a ótica dos jovens

Para a estudante de psicologia, Giovanna Carrelli, 22, discutir política é importante, porém evita falar por falta de conhecimento sobre o assunto. “Acredito que nada vai mudar, nem esquerda e direita farão diferente, mas entre um e outro, sei que um governo mais conservador não olharia para o lado social”, completa. O universitário de engenharia civil, Mateus Kfouri, 20, acredita que discutir política é importante mesmo não indo muito a fundo no tema. Ao ser questionado sobre as medidas políticas e econômicas do atual governo, Kfouri achaque deve haver mudanças, mas não concorda com a que foi feita. “Isso me afeta”, diz ele. Em relação às ideias de políticos conservadores, Kfouri diz concordar com algumas delas, mas que não chegaria a votar em nenhum político nas próximas eleições. “Acho que se qualquer candidato for eleito o Brasil vai continuar do mesmo jeito ou pior”, completa. 

De acordo com João Pedro, 21, estudante de psicologia, o Brasil passou por um momento político de centro-esquerda e não conseguiu colocar as ideias em prática. “Vejo jovens muito desiludidos e acho que essa guinada forte da direita pode ser uma reação a isso”, afirma o estudante que participa de causas sociais em sua faculdade. A universitária de arquitetura, Carolina Carminholi, 22, se interessa pelo assunto e participa de discussões políticas. “São poucos, pelo menos com os que eu converseitêm um argumento mais de direita - ultraconservador, é mais uma aversão à esquerda”. Carolina afirma que essas ideias são baseadas nos discursos das grandes mídias. “Os que estudam, creio quetêm argumentos mais relacionados com os ideais de direita e não apenas “Fora PT””, completa.

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