A abertura de novos negócios é a solução encontrada por muitos profissionais para enfrentar o desemprego
Muitas pessoas se aventuram em busca de seus ideais profissionais. Depois de muito procurar por uma oportunidade, muitos encontram uma possibilidade de se reciclar e crescer mesmo com a crise. Todo processo de transição leva tempo, estabilidade e equilíbrio principalmente, quando envolve a carreira profissional. LyzianeMenezes, 41, que atuava como gerente administrativa em um escritório percebeu que a área já não estava relativamente ‘‘bem’ como antes. “Há seis anos eu passei por um momento difícil, a organização onde eu trabalhava não ia bem e entrou em crise, na época eu comandava boa parte das coisas, mas nesse momento de instabilidade acabei saindo da empresa. Minha saúde também não ia bem, estava passando por um momento de depressão e ansiedade, me tornando totalmente dependente de remédios”, descreve Lyziane .
A partir desse momento começou uma série de desafios na vida de Lyziane um período marcado por reorganização. “Na época busquei muitas alternativas, primeiro tentei entrar em uma multinacional, mas ainda não era o que eu desejava para mim. Nesse meio tempo, entrei para uma fundação de gestão pública para trabalhar na área de saúde e comecei a atuar como terapeuta. A partir desse momento minha vida profissional tomou outro rumo, levei em média dois anos para me reestruturar profissionalmente e decidir investir no meu próprio negócio. Abri um escritório pequeno para trabalhar como terapeuta floral e consultora holística, nessa fase de transição contaram com o apoio do meu marido Rafael de Castro Menezes, 50 anos que me deu todo o suporte financeiro e emocional para me tornar uma empreendedora. Atualmente, todos os florais são fornecidos pela escola de alquimia - Joel Aleixo, o preço médio de uma consulta para iniciar o tratamento varia entre R$120,00 a R$200,00”, conta Lyziane.
Na maioria das vezes, as pessoas encaram essa forma de trabalho ‘informal’ por não ter outra opção. A situação precária do mercado de trabalho fica evidente quando se analisa o rendimento dos trabalhadores. Cristina Spricigo foi demitida por conta da crise e saiu do ambiente bancário do qual era gerente para investir num novo empreendimento e sua nova opção foi trabalhar com lingeries. “Senti-me bastante frustrada quando fui demitida de um lugar que já trabalhava há anos. Atualmente, estou com a minha loja localizada no bairro do Brás, no shopping Vautier no Pari, há praticamente um ano. Meu marido Fabricio Spricigo, 32 anos me acompanha como sócio, ele também foi demitido e juntos decidimos abrir nosso próprio negócio, já passamos por muitas dificuldades, pois não é uma escolha fácil abrir o seu próprio negócio quando você ainda se sente inseguro e instável, mas te dá uma liberdade de tentar investir em algo que você acredita, além de ser algo propriamente seu. Abrir um empreendimento é uma forma de aprender a entender o mercado e encontrar satisfação profissional”, explica a lojista Cristina Spricigo, 46 anos.